Assassino de mãe e bebê é flagrado comprando combustível antes de crime brutal em Campo Grande

João Augusto Borges de Almeida foi preso após assassinar a companheira e a filha de 10 meses. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele comprava combustível para incinerar os corpos. Ele tentou forjar o desaparecimento das vítimas, mas acabou confessando o crime. O caso chocou Campo Grande pela frieza e crueldade dos atos.

Por Ana Paula Chuva e Bruna Marques

Um crime bárbaro e premeditado chocou os moradores de Campo Grande (MS). João Augusto Borges de Almeida, de 26 anos, foi preso em flagrante após matar sua companheira, Vanessa Eugênia de Medeiros, e a filha do casal, Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses. O duplo homicídio aconteceu na segunda-feira, 26 de fevereiro, e foi descoberto na madrugada do dia seguinte, após os corpos serem encontrados carbonizados em uma área de mata no bairro Indubrasil.

Câmeras de segurança revelaram o momento em que João compra três litros de gasolina e um galão por R$ 36 em um posto de combustíveis, às 19h34 do mesmo dia do crime. As imagens mostram o assassino vestindo bermuda, camiseta e boné, conversando com o frentista que abastece o galão usado para incendiar os corpos.

De acordo com depoimento prestado à Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), João matou Vanessa com um golpe mata-leão durante o horário de almoço e, em seguida, esganou a bebê que estava no quarto. Após esconder os corpos no banheiro, voltou ao trabalho e, à noite, os colocou no porta-malas do carro, levando-os até uma região isolada. Lá, os posicionou como se estivessem abraçados, cobriu-os com um cobertor e ateou fogo.

O crime foi descoberto por um vigilante que encontrou os corpos em chamas e acionou a Polícia Militar. João foi preso horas depois ao tentar registrar um falso boletim de ocorrência pelo desaparecimento das vítimas. Em declaração perturbadora, ele afirmou odiar a filha desde os dois meses de vida e disse não sentir remorso algum pelos assassinatos.

A Justiça decretou sua prisão preventiva durante audiência de custódia. O caso segue sendo investigado como feminicídio, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

João durante depoimento na DHPP na segunda-feira (Foto: Reprodução)

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