Agentes da Polícia Federalista cumprem, nesta terça-feira (17), 16 mandados de procura e inquietação em quatro municípios de Pernambuco para apurar possíveis crimes envolvendo uma ONG prestadora de serviços nas áreas de ensino e saúde a instituições governamentais do estado.
As diligências estão sendo realizadas em conjunto com auditores da Controladoria-Universal da União (CGU) e atingem dez pessoas físicas e seis pessoas jurídicas nos municípios de Bom Juízo, Caruaru, Garanhuns e Terezinha. As dez pessoas físicas foram proibidas pela Justiça de terem contato entre si e de se ausentarem do município em que residem ou trabalham. A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos.
Estão sendo investigados crimes porquê fraude em licitações e lavagem de numerário em contratos firmados entre a ONG e prefeituras pernambucanas. A organização da sociedade social recebeu pagamentos das prefeituras superiores a R$ 662 milhões entre 2019 e 2024. Do totalidade de recursos, ao menos R$ 431 milhões foram custeados com recursos federais.
Os trabalhos tiveram início em 2021, a partir de irregularidades identificadas pela Controladoria-Universal da União na colaboração prestada pela ONG a um município do sertão pernambucano. Entre as irregularidades estão falhas no planejamento e falta de concorrência ou direcionamento nas contratações da ONG por entes governamentais. Também foram identificadas movimentações financeiras suspeitas em obséquio de dirigentes da entidade investigada e de servidores públicos, além de operações com características de lavagem de numerário.
Segundo a Polícia Federalista, os serviços supostamente prestados pelas investigadas eram, principalmente, de fornecimento de mão de obra para serviço na extensão de saúde. Posteriormente, as apurações revelaram o mesmo modus operandi nas contratações entre a ONG e outras prefeituras do estado.
Os investigados podem responder por fraude à licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de numerário.
Natividade: Rádio Escritório Nácional