Jennifer Hansler, da CNN
Em um comunicado emitido neste domingo (22), o Departamento de Estado dos Estados Unidos recomendou que cidadãos americanos no Irã estejam preparados para se abrigar por longos períodos, caso não consigam deixar o país. A orientação foi reforçada após os recentes ataques norte-americanos a três instalações nucleares iranianas, que intensificaram as tensões na região.
Segundo o governo norte-americano, não há planos de oferecer assistência direta para a saída de cidadãos americanos do Irã, e aqueles que desejarem partir devem utilizar os meios de transporte disponíveis atualmente.
Como os Estados Unidos não mantêm presença diplomática no Irã, o suporte aos americanos no país é feito pela Suíça, que atua como intermediária. No entanto, o escritório de proteção suíço foi temporariamente fechado “até novo aviso”, limitando ainda mais o apoio consular disponível.
Para tentar organizar o contato com os americanos no Irã, o Departamento de Estado disponibilizou um formulário de admissão em caso de crise, permitindo que os cidadãos forneçam dados para possíveis orientações. Contudo, o comunicado reforça que “devido às limitações consulares, não se prevê assistência direta do governo americano para a saída do país”.
O documento também traz recomendações específicas a cidadãos com dupla nacionalidade, americana e iraniana. Esses indivíduos devem sair utilizando passaportes iranianos e estar cientes de que poderão enfrentar pontos de controle e interrogatórios por parte das autoridades iranianas. O Irã não reconhece dupla cidadania e considera essas pessoas exclusivamente como cidadãos iranianos, o que pode dificultar sua saída.
Na última sexta-feira, a CNN noticiou que centenas de americanos já deixaram o Irã devido à crescente tensão no Oriente Médio, especialmente por conta do conflito entre o Irã e Israel.
