O presidente Lula concedeu a Ordem de Rio Branco uma vez que homenagem póstuma a Eunice Paiva, advogada e esposa do ex-deputado federalista Rubens Paiva, que teve a vida marcada pela luta em resguardo das liberdades democráticas e contra a vexame da ditadura militar brasileira. A medida foi publicada, nesta quarta-feira (28), no Quotidiano Solene da União.
A trajetória de Eunice e de Rubens Paiva ganhou grande visibilidade com o filme Ainda Estou Cá, vencedor de dezenas de prêmios, entre eles o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.
O ex-deputado foi levado de mansão em 1971 e morto pela ditadura militar. Eunice, que também foi presa, mas liberada em poucos dias, foi incansável em buscar respostas sobre o orientação do marido.
O corpo de Rubens nunca foi localizado. Somente 25 nos depois, o Estado brasiliano reconheceu a morte do político.
Além de ser considerada um exemplo de coragem em procura da memória, verdade e justiça pelas vítimas do regime de exceção que durou 21 anos, Eunice Paiva foi uma das pioneiras na luta pelos direitos dos povos indígenas do Brasil.
A medalha dedicada à Eunice Paiva leva o nome do patrono da diplomacia brasileira, o Barão do Rio Branco, e é entregue àqueles que se distinguem por serviços meritórios e virtudes cívicas.
Em janeiro deste ano, o governo federalista anunciou a geração do Prêmio Eunice Paiva de Resguardo da Democracia. A teoria é dar visibilidade a pessoas que colaboram de forma notória para a preservação do regime democrático do Brasil. O prêmio será facultado anualmente pelo Observatório da Democracia da Advocacia-Universal da União.
Manadeira: Rádio Escritório Nácional
