A ministra do Meio Envolvente e Mudança do Clima, Marina Silva, abandonou audiência da Percentagem de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27), em seguida bate-boca com parlamentares e de ouvir de um deles que ela “não merece reverência”.
Na requisito de convidada, para tratar de questões ligadas à exploração de petróleo na Margem Equatorial no Amapá, Marina Silva participou do debate por mais de três horas.
No momento mais tenso, houve uma sucessão embates. Primeiro, com o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, que cobrou a liberação da obra de pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. A medida é intuito de controvérsias há décadas, pois cruza uma região ambientalmente sensível da Floresta Amazônica.
Na sequência, o presidente da Percentagem de Infraestrutura, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, ironizou o posicionamento da ministra, que rebateu afirmando que não seria submissa.
A decisão de fechar a participação veio em seguida o senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, declarar que respeitava Marina Silva porquê mulher, mas não porquê ministra.
Já fora da percentagem, a ministra do Meio Envolvente destacou que nascente não foi o primeiro embate com Plínio Valério. Em março, o senador disse em um evento que queria enforcá-la.
“Ouvir um senador proferir que não me respeita porquê ministra, eu não poderia ter outra atitude. Mas eu dei a chance de ele pedir desculpas. Uma vez que ele é uma pessoa que já disse que da outra vez em que eu vim cá, também porquê convidada, foi muito difícil para ele permanecer seis horas e dez minutos comigo sem me enforcar, e hoje ele veio cá de novo para me agredir”, afirmou a senadora.
Na ocasião, Plínio Valério afirmou: “Marina esteve na CPI das ONGs seis horas e dez minutos. Imagine o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la”.
O incidente gerou uma representação contra o senador no Recomendação de Moral, e Marina Silva entendeu porquê uma prenúncio.
Nesta terça, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, classificou porquê “um completo paradoxal” a recepção dos senadores a Marina Silva e pediu retratação e responsabilização para que o incidente, medido porquê “grave, além de misógino”, não se repita.
Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, afirmou ser “inadmissível o comportamento do presidente da Percentagem de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério, e do senador Plínio Valério”. Ou por outra, manifestou repúdio “aos agressores e solidariedade do governo à Marina Silva”.
Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, publicou que “Marina Silva tem responsabilidade e conhecimento sobre a questão ambiental que poucas pessoas acumulam no Brasil”. Segundo a titular da pasta, a reação contra ela “fere as mulheres e o governo”.
Já a primeira-dama da República, Janja da Silva, escreveu nas redes sociais que é “Impossível não permanecer indignada com os desrespeitos sofridos pela ministra Marina Silva no Senado”.
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