O ministro do Supremo Tribunal Federalista Alexandre de Moraes negou um pedido feito pelo ex-policial militar Ronnie Lessa para receber R$ 249 milénio em salários retroativos aos anos de 2019 a 2023, quando foi expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O argumento da resguardo de Lessa foi o de que a medida estava prevista nos termos da delação premiada do ex-policial militar com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Ronnie Lessa foi sentenciado, nessa quinta-feira (23), em novo julgamento do Tribunal do Júri do Rio, a 90 anos de prisão pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A resguardo do ex-policial havia pedido ao STF a liberação de vencimentos atrasados da estação em que Lessa era policial militar, além de R$ 13 milénio bloqueados, muito uma vez que celulares, dispositivos eletrônicos e documentos de imóveis.
Ao negar o pedido, Moraes afirmou que os benefícios previstos na colaboração premiada só podem ser concedidos posteriormente o julgamento dos mandantes do delito, momento em que será verosímil verificar se a delação foi ou não eficiente para esclarecer o delito.
Lessa confessou ser o responsável dos disparos que mataram Marielle e Anderson e fechou a delação premiada com o MP do Rio para identificar os mandantes do duplo homicídio: o deputado federalista Chiquinho Brazão e o irmão dele, Domingos Brazão, mentor do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Réus no Supremo, os dois estão presos preventivamente desde março de 2024. Chiquinho teve a prisão domiciliar concedida, em abril, por razões de saúde.
Natividade: Rádio Filial Nácional