Motta não dá garantias de que Câmara não derrubará decreto sobre IOF

Motta não dá garantias de que Câmara não derrubará decreto sobre IOF

Foram três horas de reunião com os líderes e, na saída, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou o que já havia ficado combinado com o governo na noite anterior: que em dez dias seria apresentada uma escolha, por segmento da equipe econômica, ao decreto que aumentou o IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras.

Mesmo com esse o prazo, Hugo Motta disse que não há garantias de que a Câmara não vá derrubar a medida:

“Da mesma forma que o governo também nos garantiu que pode ou não apresentar uma escolha, o governo pode também, depois desses dez dias, resolver que a decisão está mantida do IOF. Isso também foi deixado simples pelo ministro da Rancho. Nós também deixamos simples que a nossa escolha pode ser, sim, pautar o PDL, sustando a decisão do governo. Isso foi dito de maneira muito precisa, muito pontual, ao ministro Haddad”.

Motta ainda deixou simples que derrubar o aumento do IOF é “vontade majoritária da Moradia”. Ele defendeu que o próprio governo apresente medidas estruturantes e não “gambiarras”, uma vez que disse. Uma delas poderia ser a revisão das isenções fiscais. 

O presidente da Câmara ainda deixou muito simples que recorrer ao Supremo nessa questão poderia piorar o envolvente na Moradia:

“Se o governo caminha no sentido de querer resolver aquilo que é a decisão parlamentar com o Poder Judiciário, eu penso que piora bastante o envolvente cá na Moradia. Tanto é que nós não tomamos a decisão, porque tanto eu uma vez que o presidente Davi poderíamos ontem ter pautado o PDL. Com certeza teria sido validado cá e no Senado, mas nós não fizemos isso. Por quê? Porque nós queremos edificar a solução com o governo”.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, alertou:

“Eu tenho falado para o pessoal da oposição que proteger a aprovação do PDL é jogar a conta nos mais pobres, porque, na hora de trinchar, você corta de onde? Despesa discricionária, programa social, saúde, instrução, PAC. Não é verdade que o governo não tem feito esforço fiscal”. 

Na quarta-feira (28) à noite, o ministro da Rancho, Fernando Haddad, esteve reunido com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para tratar do matéria. Haddad chegou a expressar que não há escolha:

“Nós ficaremos num patamar bastante quebradiço, do ponto de vista do funcionamento da máquina pública, do Estado brasílio”. 

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), saiu da mesma reunião falando em risco de colapso, caso o decreto seja derrubado.


Nascente: Rádio Dependência Nácional

Nossos produtos: