ONU: mina proibido provoca criminalidade em terras indígenas

ONU: garimpo ilegal provoca criminalidade em terras indígenas

Um estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Violação revela que, ao longo da última dez, as áreas de mineração proibido em terras indígenas nos países que integram a região amazônica cresceram mais de seis vezes.

Segundo o documento, a mineração invade Unidades de Conservação e Terras Indígenas; e provoca danos por razão do uso do mercúrio, além do desmatamento e resíduos químicos. Outrossim facções ligadas ao tráfico de drogas na América Latina também estariam explorando o minério para lavar quantia. Esses grupos têm se infiltrado nas cadeias de fornecimento de ouro, atraídos pelo aumento dos preços e aproveitando as rotas e a infraestrutura, que já são usadas pelo tráfico de drogas.

A escritório da ONU destacou ainda atividades de mineração de ouro, em pequena graduação, na Bacia do Rio Tapajós, no estado do Pará, onde dois terços da produção de ouro é considerada proibido.

A partir de mais de 800 entrevistas com garimpeiros, no início de 2023, o Escritório da ONU constatou que 40% deles podem ter sido vítimas de tráfico humano para trabalho forçado.

Quase a metade relatou recrutamento fraudulento e más condições de trabalho, com média de mais de 12 horas por dia, e muitas vezes 7 dias por semana. Os problemas de saúde decorrentes da situação precária da atividade garimpeira também são muitos.

Sete em cada dez entrevistados têm impaciência e depressão, e quase metade já sofreu acidentes graves. A maioria desconhecia direitos trabalhistas ou direitos humanos. Nessas áreas de mina, também foi constatado o tráfico de mulheres e meninas para exploração sexual, junto com o aumento de mortes violentas.

Nascente: Rádio Sucursal Nácional

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