Uma operação policial na zona setentrião do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (10), provocou o fechamento de duas das principais vias expressas da cidade: a Avenida Brasil e a Risca Vermelha. Por culpa dos impactos, o município entrou no nível 2 de alerta, em uma graduação que vai até 5.
Segundo a Federação das Empresas de Mobilidade do Rio, duas pessoas ficaram feridas por disparos que atingiram dois ônibus.
A prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, informou a ingressão de outras duas pessoas no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, também com ferimentos por arma de queimação. A nota diz, no entanto, que não foi provável confirmar se elas foram feridas na operação.
Unidades escolares e de saúde também tiveram o funcionamento impactado, assim uma vez que o serviço BRT e diversas linhas de ônibus.
Vídeos divulgados em redes sociais registraram o pânico da população.
A operação da Polícia Social cumpriu mandados de prisão contra integrantes da partido criminosa Terceiro Comando Puro, ligados a Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, um dos chefes da organização, que tem o controle territorial armado na região conhecida uma vez que Multíplice de Israel.
Segundo a Polícia Social, a partido criminosa controla o território com barricadas, drones, toque de recolher, monopólio de serviços públicos e promoção de intolerância religiosa. Aliás, o grupo armado intimida moradores, expulsa rivais e realiza ataques a policiais.
Mesmo com todos os impactos, a operação foi considerada bem-sucedida pelo secretário de Segurança do estado, Victor Santos:
“A operação de hoje, uma operação complexa, requer um planejamento muito detalhado. Isso foi feito com grande sucesso pela Polícia Social”.
Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de prisão, com 14 presos, e 180 de procura e consumição. A polícia também identificou um núcleo especializado em ataques a aeronaves policiais.
O secretário de Polícia Social, Felipe Lobato Curi, detalhou alguns desses resultados:
“Quatorze presos, cinco fuzis apreendidos, granadas, coquetéis molotov, pistolas, munições, drogas, entre outras armas. E a gente também está demolindo o bunker do tráfico de drogas ali, que eles utilizam para, justamente, atirar nas polícias”.
Sobre os feridos, a Polícia Social informou que eles estavam fora do perímetro de segurança estipulado para a operação e que essa superfície poderá ser ampliada em operações futuras na região.
Manancial: Rádio Dependência Nácional