Pesquisa transforma semente de abacate em manadeira de enzima industrial

Pesquisa transforma semente de abacate em fonte de enzima industrial

Você já se perguntou qual o rumo de uma semente de abacate depois que ela é consumida? O que normalmente vai para o lixo pode ajudar a ciência a promover o desenvolvimento sustentável. Uma pesquisa apurou que a semente de abacate tem resíduos que podem ser aproveitados pela indústria, uma vez que a enzima lipase. O projeto conta com 15 pesquisadores brasileiros e peruanos e tem o pedestal da FAPERJ, Instalação Carlos Chagas Rebento de Sustento à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. 

A lipase é produzida por microrganismos que se alimentam de uma manadeira de lipídios encontrada no abacate. Ela pode ser adquirida comercialmente, mas seu elevado dispêndio, muitas vezes, inviabiliza o processo. A produção da enzima por meio de resíduos da agroindústria tem se mostrado mais barata e sustentável. A pesquisadora da Universidade Federalista Rústico do Rio de Janeiro, Eliane Pereira Cipolatti, fala da valia da lipase.

“As enzimas são proteínas muito importantes. Elas aceleram reações químicas, fazem com que elas aconteçam de forma mais rápida e viável para a indústria. E elas fazem isso de forma limpa, sem gerar resíduos tóxicos”.

A lipase é usada na produção de biodiesel e, na indústria farmacêutica, para facilitar na formulação de medicamentos. A semente e a casca do abacate também são aproveitadas para a obtenção de bioativos, uma vez que explica Eliane Cipolatti.

“O que são esses compostos bioativos? São substâncias naturais que vão além da nutrição básica. Eles nos ajudam a prevenir doenças, combater o envelhecimento precoce e até a proteger nossas células contra danos. São aliados poderosos da saúde”.

A produção de abacate no Brasil é de murado de 340 milénio toneladas, já o Peru ultrapassa as 550 milénio toneladas. Os dois países estão entre os cinco maiores produtores mundiais da fruta. 


Manadeira: Rádio Filial Nácional

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